quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Essa é a Hora

Mt 9.16 a 17

Roupa velha está rasgada, pano novo a remendar
E uma grande incoerência, no remendo há de ter
Pois no tempo da lavagem vem a força de encolher
Rotulando mais a veste na fraqueza de esticar
Roupa velha é pra despir
Só o amor há de vestir

Essa é a hora de deixar as velhas formas
De entender que Cristo é vida
E que a vida é amar
É pedir e dar perdão
É incluir, não expulsar
Se essa Graça me liberta
Quem sou eu pra aprisionar?

Simples como o vinho, que melhora ao envelhecer
É a graça de Jesus quando a gente deixa entrar
Descartando odres velhos, para que novo eu possa ser
Vou bebendo a nova safra, até que veja transbordar
Alegria e plena paz
Só o amor me satisfaz

Os Porquês De Um Cobrador

Mt 9.9, Mc 2.13, Lc 5.27

Por que leva Levi
Essa vida de impor, impostos aos seus?
Por que mata Mateus
De tanto cobrar, taxando aos judeus?

Se o nome Levi
Deveria unir, incluir e ajuntar.
Por que então assentado
Extorquir, expulsar, separar?

Se o nome Mateus
É o Presente de Deus pra se dar
Então por que numa coletoria
Retirar, oprimir, despojar?

Pôde a vida torná-lo assim ?
Quem culpar, por fazê-lo roubar?
Será Cesar seu mentor atroz?
Ou seus pais o fizeram feroz?

São perguntas que em meu coração,
Não se encontram respostas finais?
Afinal, não importa o porquê
De Levi, ou Mateus, ser assim

O que vale de fato é saber
Que aqui dentro, bem dentro de mim
No lugar onde não quero ver
Há Mateus e Levis, bem reais

Oprimindo e afastando iguais
Extorquindo e deixando sem paz
Semelhantes que devo amar
Nunca impor, matar, condenar

Mas...o melhor em Mateus é saber
Que não importa o lugar onde estou
Nem que tipo de mau hoje eu sou
Nem de quantos roubei só pra ter

Se Jesus nesse instante passar
E disser: - Hoje vem me seguir
Deixo tudo pra trás sem pensar
Inclusive os porquês sem cessar
Nada importa... somente partir

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A Verdade que É

O que é a verdade ?
Pergunta o "senhor"
Que acredita deter
Em suas mãos o poder
De prender e soltar
De exaltar e humilhar
Quem parece menor
Por estar bem pior
Impotente a quem ver
Com a arrogancia no ser
Pois assim não verá
Nem jamais saberá
Que a Verdade Real
Fica muda ao sinal
De soberba no ar
Nesse casso, um olhar
Fala mais que dizer
Que explicar pra entender
O que só se vê pela fé
Pois a verdade, simplesmente o É

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Por que será?

Por que será que políticos mentem?
Será por que eles não mais se sentem?
Ou será que acham que tem poder?
Ou acreditam que podem ter?


Qual é a causa de tal burrice?
De achar que enganam com suas tolices?
Pensar que podem o amanhã fazer
Com as arrogâncias do prometer

Talvez não saibam o que já se disse
Que jurar falso é idiotice
Pois nenhum passo se pode andar
Se do alto Céu não o autorizar

Melhor seria dizer verdades
Pois não trariam pra si maldades
Que a própria língua os fará sofrer
Na vil ganância, de mais se ter

Ah se soubessem que Deus exalta
Ao que a verdade nunca lhe falta
Ao que sincero tornou-se honroso
Esse, inda que perca é vitorioso

Grito de liberdade

Feliz aquele que não é budista
Sem ser católico, nem kardecista
Que não quis ser mais um evangélico
Nem um agnóstico, ateu, ascético

Bem-aventurado quem não tem ismos
Quem foi liberto desses abismos
Que por seus medos se viu prender
Criou coragem de livre ser

Eis maior grito de liberdade
Quando uma alma na humanidade
Abre seus olhos para enxergar
Toda a verdade que Deus mostrar

Que só em Cristo haverá libertos
De corpo, alma, de peito abertos
Pra ver a vida como ela é
E seguir pisando, de fé em fé

Quem entende isso já virou gente
Anda em descanso, segue contente
Tem vida simples, cheia de amor
Sorri com o riso, chora com a dor

Lança sementes, vai semeando
Grãos que ao morrerem vão germinando
Mais vidas novas ao amanhecer
Que pelo Espírito hão de crescer

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fazer poemas

Queria apender a fazer poemas
Brincar com palavras, sonhar com temas
Tecer idéias, rimar dilemas
Dizer verdades, sem ter problemas
Usar mil verbos, sentir, dizer

Mas como posso fazer poemas
Se poesias não são emblemas
E, muito menos, porções de esquemas?
Senão a alma narrando as cenas
Na estranha estrada de se viver

Queria aprender a fazer poemas!



quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O simples e o complexo


O simples é o que mais se busca
quando a complexidade ofusca
a simplicidade do simplesmente ser

O complexo é a arrogância do simples envaidecido
com a beleza de um dia ter sido
tão belo por simples ser

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Agraciado

Gostaria de não pecar, mas peco
Gostaria de só fazer o bem,
Mas há um mal pulsante em mim
Traiçoeiro, dominante,
Que me faz dos pés errante
Desse mal, não vejo o fim
Quem consegue me livrar
Dessa morte de matar?
Não me quero mais assim!
Minha força se esgotou
E o mal continuou
Mais intenso para mim
Só me resta perguntar
Quem consegue me livrar

Dessa morte de matar?
Se houver alguém assim
Tão capaz de me ajudar

Tão disposto a se entregar
Sem de mim nada querer
Pois não tenho a oferecer
Nada que se encontre em mim
Porque pródigo me achei
Miserável é só o que sei
Se meu tudo já gastei
Só me resta perguntar
Quem consegue me livrar
Dessa morte de matar?
Hoje pude agradecer
Pois alguém que me encontrou
Ele mesmo se entregou
Tudo consumado está
Meu trabalho é descansar
Dessa luta de lutar
Desistir de me salvar
Resta apenas confiar
Receber e desfrutar
Desse amor que veio, enfim
Me trazer imensa paz
De uma graça que me faz
Simplesmente adorador
Que não para de dizer:
Obrigado meu Senhor!
Porque este teu filho,
Estava perdido e foi achado
Estava morto e reviveu
Eu aceito teu perdão.
No qual ouso perguntar:
Onde, oh morte de matar,
Está o teu aguilhão?

Em parceria com Paulo, Marcos Venancio

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fruto

Frutos só podem brotar,
Do galho que nEle estiver.
Pois nada se pode trazer,
Daquilo que nunca se foi.
Nem jamais se verá germinar,
Frutos de quem não quer ser.
Cardos e abrolhos serão,
Mostra do ramo que é mau.
Vida e paz nascerão,
Do galho que for natural.
Na própria estação se verá
A prova que o fogo trará
Essência daquele creu,
Aparência de quem não se deu
Daquele que vive de Deus,
Pra quem do Eu, se viveu.

domingo, 15 de julho de 2007

Orquestra

Oh! Quão bela é a grande orquestra
Encantada, magistral
Ilumina a grande festa
Um maestro, um sinal
A platéia vê estática
O balé, o revoar
Da batuta, vara mágica
Que divina, determina
Haja som! Silenciar!

Salve, salve a linda orquestra
Ela é paz e força, é o brio
De acordes e compassos
Emoções e arrepio
Harmoniza entre espaços
Pensamentos, sensações
Ver a orquestra é ver poesia
É dizer na melodia
Hajam pausas e canções.