segunda-feira, 21 de julho de 2008

Agraciado

Gostaria de não pecar, mas peco
Gostaria de só fazer o bem,
Mas há um mal pulsante em mim
Traiçoeiro, dominante,
Que me faz dos pés errante
Desse mal, não vejo o fim
Quem consegue me livrar
Dessa morte de matar?
Não me quero mais assim!
Minha força se esgotou
E o mal continuou
Mais intenso para mim
Só me resta perguntar
Quem consegue me livrar

Dessa morte de matar?
Se houver alguém assim
Tão capaz de me ajudar

Tão disposto a se entregar
Sem de mim nada querer
Pois não tenho a oferecer
Nada que se encontre em mim
Porque pródigo me achei
Miserável é só o que sei
Se meu tudo já gastei
Só me resta perguntar
Quem consegue me livrar
Dessa morte de matar?
Hoje pude agradecer
Pois alguém que me encontrou
Ele mesmo se entregou
Tudo consumado está
Meu trabalho é descansar
Dessa luta de lutar
Desistir de me salvar
Resta apenas confiar
Receber e desfrutar
Desse amor que veio, enfim
Me trazer imensa paz
De uma graça que me faz
Simplesmente adorador
Que não para de dizer:
Obrigado meu Senhor!
Porque este teu filho,
Estava perdido e foi achado
Estava morto e reviveu
Eu aceito teu perdão.
No qual ouso perguntar:
Onde, oh morte de matar,
Está o teu aguilhão?

Em parceria com Paulo, Marcos Venancio

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fruto

Frutos só podem brotar,
Do galho que nEle estiver.
Pois nada se pode trazer,
Daquilo que nunca se foi.
Nem jamais se verá germinar,
Frutos de quem não quer ser.
Cardos e abrolhos serão,
Mostra do ramo que é mau.
Vida e paz nascerão,
Do galho que for natural.
Na própria estação se verá
A prova que o fogo trará
Essência daquele creu,
Aparência de quem não se deu
Daquele que vive de Deus,
Pra quem do Eu, se viveu.